Um relacionamento abusivo é um tipo de relação em que uma das pessoas se torna vítima de agressões verbais, físicas, psicológicas, sexuais e até mesmo financeiras. É quando uma das partes exerce poder ou pressão excessiva e contínua sobre o outro, o que pode gerar dependência, medo, isolamento, insegurança e impedir que o outro se expresse ou aja livremente.
Dificilmente uma relação começa escancaradamente abusiva. O relacionamento pode ser considerado abusivo quando é constantemente marcado por privações, dor, sofrimento e ausência de individualidade. E, para que se estabeleça, além do abusador – seja homem ou mulher -, é preciso que haja uma vítima que se permita ser dominada.
Os efeitos dos relacionamentos abusivos têm se intensificado durante a pandemia do coronavírus, quando casais estão confinados e, muitas vezes, isolados de amigos e familiares.
As vítimas são sempre mulheres? Não necessariamente, mas na maioria das vezes. Diferentes pesquisas apontam que em mais de 80% dos casos o abusador é um homem e a vítima é uma mulher.
Estar em um relacionamento abusivo é altamente prejudicial, tanto mental quanto fisicamente. É comum que a vítima apresente sinais psicológicos, como autoestima baixa, insegurança, ansiedade, isolamento social, sentimento de culpa intenso, podendo levar à depressão ou outras condições mais severas.
Alguns sinais comuns de um relacionamento abusivo incluem:
– Controle excessivo: O abusador pode tentar controlar todos os aspectos da vida da vítima, incluindo suas amizades, roupas, finanças e atividades diárias.
– Isolamento: O abusador pode tentar isolar a vítima de amigos e familiares para aumentar sua dependência.
– Humilhação: O abusador pode usar palavras e ações para humilhar e diminuir a autoestima da vítima.
– Ameaças: O abusador pode usar ameaças para controlar a vítima, como ameaçar machucá-la ou a si mesmo, ou ameaçar tirar seus filhos.
– Intimidação: O abusador pode usar táticas de intimidação, como gritar, quebrar objetos ou fazer gestos ameaçadores para assustar a vítima.
– Culpa: O abusador pode culpar a vítima por tudo o que dá errado, fazendo-a sentir-se responsável pelo comportamento abusivo.
– Negligência emocional: O abusador pode ignorar as necessidades emocionais da vítima, recusando-se a ouvir seus sentimentos ou invalidando suas opiniões.
Se você reconhece esses sinais em seu relacionamento ou no relacionamento de alguém que você conhece, é importante buscar ajuda. A violência doméstica é um crime e existem recursos disponíveis para ajudar as vítimas a saírem de relacionamentos abusivos. É importante lembrar que ninguém merece ser tratado com desrespeito ou violência em um relacionamento. Todos merecem amor e respeito.
Aqui estão algumas coisas que você pode fazer:
- Peça ajuda: Fale com alguém em quem você confia, como um amigo, familiar ou conselheiro. Eles podem oferecer apoio emocional e ajudá-lo a encontrar recursos para sair do relacionamento abusivo.
- Crie um plano de segurança: Se você decidir deixar o relacionamento, é importante ter um plano de segurança. Isso pode incluir coisas como ter um lugar seguro para ir, guardar dinheiro e documentos importantes e ter um telefone pré-pago para emergências.
- Procure ajuda profissional: Considere procurar ajuda de um profissional, como um conselheiro ou terapeuta. Eles podem ajudá-lo a lidar com os efeitos emocionais do abuso e a desenvolver habilidades para se proteger no futuro.
- Ligue para uma linha de apoio: Existem linhas de apoio disponíveis para vítimas de violência doméstica. Eles podem oferecer apoio emocional, informações sobre seus direitos e recursos para ajudá-lo a sair do relacionamento abusivo.
Se você acha que está em um relacionamento abusivo, é importante lembrar que você não está sozinho e que existem recursos disponíveis para ajudá-lo.
Lembre-se de que a violência doméstica é um crime e que você tem o direito de buscar ajuda e proteção. É importante cuidar de si mesmo e tomar medidas para garantir sua segurança.